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Coronavírus muda hábitos de alimentação e leva preparo de comida para dentro de casa

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Pesquisa mostra que 90% das pessoas estão evitando comer fora e 93% preparam os alimentos no lar

A pandemia causada pelo novo coronavírus alterou os hábitos de alimentação dos brasileiros.

De acordo com a pesquisa “Alimentação na pandemia – como a Covid-19 impacta os consumidores e os negócios em alimentação”, realizada pela consultoria especializada em food service Galunion, em parceria com o Instituto Qualibest, 90% das pessoas estão evitando comer fora.

As preocupações com saúde, segurança e solidariedade são as grandes razões para as mudanças de comportamento. Dessa forma, estabelecimentos do setor de alimentação devem promover ações para ampliar o nível de confiança. Isso, segundo a pesquisa, será vital para a sobrevivência dos negócios.

Confira a seguir os principais números do estudo. O levantamento foi realizado entre 2 e 6 de abril de 2020. Foram feitas 1.086 entrevistas com homens e mulheres das classes A, B e C. A grande maioria – 96% – estão em cidades com quarentena. 83% se encontram em isolamento social, 14% continuam trabalhando presencialmente em áreas que não da saúde e 3% atuam na área da saúde.

Novos hábitos
A pandemia – que preocupa 78% das pessoas – mudou drasticamente os hábitos de alimentação. Com o isolamento social e as regras de fechamento dos negócios, 99% das pessoas diminuíram a ida a bares, restaurantes e lanchonetes, 99% estão evitando aglomerações, 95% estão evitando sair de casa, 94% deixaram de visitar amigos e parentes, 91% diminuíram a ida ao supermercado e 90% estão evitando comer fora.

Comidas preferidas
Durante a pandemia, os pratos e as culinárias preferidos das pessoas são pizza (67%), hambúrgueres (47%), brasileira (44%), sanduíches (41%), massas (39%), grelhados/churrascarias (36%), doces e bolos (32%), salgados (31%) e açaí (29%).

Na cozinha

93% estão preparando comida no lar. Com a pandemia, 44% já faziam e aumentaram preparo de comida em casa; 31% já faziam e aumentaram a compra de alimentos para preparar no domicílio; e 15% não faziam e passaram a fazer pedidos de entrega de compra do mercado. Por outro lado, 27% faziam, mas diminuíram o pedido de delivery.

Delivery
Em relação à entrega de comida, a principal preocupação do consumidor é como a comida é preparada (56%). Em seguida, como o alimento é embalado (19%), e como é transportado e entregue (17%). Oito por cento afirmam não ter essas preocupações.

Escolha dos restaurantes
42% das pessoas escolhem o delivery dos estabelecimentos em que confiram. 20% motivam suas opções por promoções e descontos, independentemente do restaurante; e 19% pedem entrega de apps e locais que possibilitam o delivery sem contato com o entregador. 13% escolhem produtos de restaurantes que têm frete grátis, e 6% selecionam aqueles que têm a entrega mais rápida.

Motivos para comprar
Os consumidores têm mostrado que se motivam a comprar por ações de solidariedade. 43% dizem que gastariam com mais refeições se parte do valor da compra fosse destinada a pessoas carentes e afetadas pelo coronavírus; 29% gostariam de pedir entrega de comida hoje e ganhar um desconto quando o restaurante voltar a abrir; e 27% desejam receber um frasco individual de álcool em gel com o pedido.

Fatores de escolha

Higiene e limpeza são os motivos mais importantes na escolha do restaurante. (78%). Ter preço justo (51%) e ter comida gostosa (43%) vêm em seguida. Os fatores de confiança no estabelecimento são práticas de higiene e limpeza evidentes (73%); funcionários da cozinha com uso regular de luvas e máscara (59%); e lacre inviolável na embalagem da comida (49%).

Nível de confiança
Os negócios com maior nível de confiança dos consumidores são: apps como iFood, Rappi e UberEats (40% confiam ou confiam muito); padarias da vizinhança (38%); redes de restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência de marcas conhecidas (36%); e restaurantes da vizinhança (33%).

Estabelecimentos evitados
Mais da metade – 56% – dos consumidores não quer comprar em quiosques e carrinhos de rua. Outros estabelecimentos evitados são foodtrucks (42%), restaurantes por quilo (40%), lanchonetes ou fast-food (34%), restaurantes à la carte (30%), lojas de conveniência (28%), restaurantes para buscar comida e levar pra casa (25%), drive-thru (24%), atacados (21%), restaurantes por delivery (16%) e hipermercados (16%).

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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